As palavras nunca foram o meu forte. Já rabiscar com lápis de cor em folhas de papel cenário é outra conversa. 

Desde pequenina que me refugio no uso da linha, da forma e da cor para transmitir introspecções e sentimentos de uma mente introvertida, mas a verdade é que ao longo dos anos a espontaneidade com que antes esta metamorfose acontecia tem vindo a desaparecer. Quase como se, por cima da imaginação, fosse colocado um filtro para tornar o produto final menos pessoal.

“Imaginação introvertida” surge então da procura pela reconexão com a criança que um dia fui. Uma coleção de ilustrações desprovidas de filtros e que convidam a abrandar, a refletir, a imaginar, a acreditar e sobretudo a reviver memórias perdidas da infância. 

Uma ilustração, mil histórias para contar e, nas entrelinhas, algum significado para desvendar.